Foram alguns anos pensando no projeto... tocando, se esforçando, se divertindo bastante (é verdade). Por ali e acolá alguém soltava: vocês tem é que gravar um DVD. Um DVD??? A verdade é que no começo parecia uma coisa imensa, grande demais.
Mas algumas coisas começaram a acontecer. Vitor chegou dando gás, gasolina e fosfóro, alguém acendeu e danou-se, éramos quase uma banda de rock. E ficou mais forte, mais ágil. "Ei, e aquela história do DVD?", alguém nos lembrava. Já estava mais perto, mais real.
Com Vitor outro homem de peso e voz grave apareceu, o Senhor Túlio, o proletário-burguês encantado. Dissem as linguas atravessadas que ele transforma água em vinho, cachaça em licor e artista em estrela pop. Com o seu bastào de condão deu norte, abriu o mar vermelho e levou a Banda Seu Chico à vizinhança de Chico Buarque, o Rio de Janeiro.
O Cristo Redentor nos recebeu de braços aberto, deu colo, aplausos e amigos. Fizemos inúmero amigos. Aí já viu, né? Quem tem amigos tem o mundo. Nos preparamos e resolvemos então anunciar a resposta que muito nos percorria com o vento:
O Cristo Redentor nos recebeu de braços aberto, deu colo, aplausos e amigos. Fizemos inúmero amigos. Aí já viu, né? Quem tem amigos tem o mundo. Nos preparamos e resolvemos então anunciar a resposta que muito nos percorria com o vento:
- Sim, vamos gravar o DVD!
Nos danamos a montar a equipe, juntar dinheiro embaixo do colchão, e tomar coragem no café da manhã (porque amigos podemos admitir: dá um medo danado). Vieram os nossos colegas cariocas e pernambucanos e a coisa danou-se a andar desembestada. E andou. E foi.
E gravamos o bendito DVD.